Conheça o conteúdo desta décima primeira edição da Revista Rabisca pelas Idealizadoras Por Diana Pinto... Esta 11ª edição é a última da Revista Rabisca e, por esse motivo, talvez este texto introdutório seja um pouco maior. Antes de mais, falando do conteúdo da revista: Resenhei dois livros bastante diferentes no seu enredo: “Contos de Prata”, de Athos Ronaldo Miralha da Cunha, e “Trovão Distante”, de Willian Losasso. O primeiro é um livro de contos de literatura brasileira, publicado pela Editora Penalux. O segundo é uma obra que se passa num cenário de guerra, publicada pela Chiado Books. Quanto às histórias online, decidi também resenhar duas, mesmo tendo ficado alguns dias sem objecto eletrónico para poder lê-las. São dois contos que têm apenas o romance como semelhança. Li “Tudo Que Falo Soa Como Flores Mortas”, de Madu Duarte, um conto de romance dramático, e “O Bordel”, de John Miller, que é sobre uma traição entre um casal. Aproveito para confirmar com o autor Mateus Garcia que farei a resenha ao livro dele, “Vidas Perdidas”, porém não na Revista Rabisca. Quanto à Centelha Curiosa, foi feita uma entrevista à escritora e poetisa Letícia Mariana, uma autora que dispensa apresentações para quem conhece as resenhas feitas na parceira Fábrica de Histórias. A Letícia Mariana tem duas obras publicadas e vários poemas publicados em sites de literatura. Vale a pena conhecer mais sobre a autora! O Wattys Sob Lupa, que seria um projeto terminado em Fevereiro, irá continuar, pois há resenhistas que ainda leem as obras, portanto pedimos aos autores alguma compreensão. Quanto ao fim das edições da Revista Rabisca, eu quando tive a ideia de criar uma revista literária e lusófona sabia que seria uma tarefa complicada por vários motivos: Preconceito (de várias formas) e até mesmo de logística, digamos assim. A minha ideia era fazer expandir a literatura escrita em língua portuguesa e divulgá-la com uma maior facilidade. Ao longo de quase 13 anos no meio editorial/literário, pelo menos desde que estou no meio online pois escrevo antes disso, entendi que é complicado fazer as obras escritas em língua portuguesa circularem livremente pelos países lusófonos e isso torna muito mais fácil a leitura de obras traduzidas. Claro que há mais motivos para que isso aconteça, porém com a criação da Revista Rabisca, eu queria fazer com que essa dificuldade abrandasse um pouco. Percebi que sozinha seria um pouco complicado e sei que posso ser das poucas pessoas a querer unir e expandir a literatura lusófona, no entanto queria ter alguém que gostasse de literatura. A Elisa aceitou o meu convite e juntas decidimos criar a Revista Rabisca. Confesso que foi uma aventura interessante e talvez um pouco arriscada. Decidimos dividir tarefas. Ela procurava imagens, eu procurava divulgação e, nesse sentido, penso que percebi onde parava a minha rede de contactos, porque é exatamente esse um dos motivos da Revista terminar. Chegámos a um momento, ou eu cheguei a um momento em que percebi que a coluna Letra Esquecida perdia conteúdo. Sei que é complicado pedir aos autores para escreverem algo inédito e enviarem, mas os meses de preparação e divulgação foram poucos para o futuro da Revista. Sinto que fracassei nessa questão e a resposta foi exatamente esta. Também tenho que confessar que, após 13 anos a resenhar obras, penso que deveria começar a cobrar. Tenho vários colegas que ainda antes de terem 1 ano enquanto resenhistas já cobravam. Eu já ultrapassei os 10 anos nisto e quase nunca cobrei. Claro que cobrar a autores independentes é até quase uma maldade, porque eles já lutam por um “lugar ao sol”, mas o trabalho do resenhista também tem que ser respeitado e por várias vezes vi o meu trabalho não ser tão bem aceite. Isto também vai de encontro a alguma polémica que surgiu com a Revista. A Elisa nunca tinha resenhado e eu não fazia revisão alguma das resenhas dela. Claro que a Revista acabou sendo prejudicada por isso, mas só me restava pedir desculpa. É certo que o trabalho do resenhista deve ser respeitado, mas o autor também e essa linha ténue pode ser facilmente derrubada. Peço desculpa por qualquer transtorno causado. Tento sempre ser correta com as resenhas que escrevo, porque há alguém do outro lado que deu uma parte de si para aquele texto, para aquele conto, para aquela obra. Sei que já estive envolvida em polémicas por trazer críticas negativas, mas sempre tentei manter o respeito. Ser resenhista é criticar o objeto e nunca o autor e é isso que eu tenho em mente. Não sei se em algum momento a Revista Rabisca voltará, mas eu continuarei a fazer resenhas, talvez a cobrar algumas, porque também tenho o direito de o fazer. Ainda estarei online e presente. Gostaria apenas de dizer que, mesmo que a Revista termine efetivamente, foi incrível estes meses em que por breves momentos pude fazer expandir e unir a literatura lusófona, mesmo que tenha sido algo fracassado. O sonho mantém-se, e, às vezes, sabemos que os sonhos são difíceis de se cumprirem. Gostaria de agradecer a todos os parceiros literários da Revista Rabisca: A Fábrica de Histórias, a VPA, as editoras Ésobrenós, Pega e Sunny e à Revista Perpétua, especialmente à Elisa e ao Felipe que me levaram a arriscar e a abrir esta Revista. Foi um prazer enorme trocar e-mails, mensagens, ler obras, divulgá-las e estar próxima do vosso meio de contactos, aprendi imenso durante este tempo de parceria. Lucas Cassule, CEO da Ésobrenós Editora, muito obrigada por cada obra recebida para ser feita resenha. Obrigada a cada autor participante! Eu, Diana, continuarei por aqui online a apoiar a literatura lusófona, talvez não mais com a Revista Rabisca, mas ainda presente! Até breve! Por Elisa Rodrgues... A Revista Rabisca começou em Fevereiro de 2021. Foi nessa altura que eu e a Diana nos juntámos nesta grande aventura de união literária. Claro que só meses mais tarde é que foi feita a primeira publicação por dois motivos principais: primeiro, queríamos ter a certeza que estava tudo em ordem, nada faltava ou falhava para começarmos a publicar e publicitar a revista; segundo, 5 de Maio era e é o Dia Mundial da Língua Portuguesa e não havia melhor data para lançar este projeto lusófono tão especial.
Sendo um projeto de união, não só da literatura mas de duas escritoras e idealizadoras que vêem o mundo da escrita de modo tão diferente, não achei correto manter este projeto ativo e continuá-lo sem a Diana. Este é o motivo principal da minha decisão para além dos já mencionados numa imagem publicada anteriormente nas redes sociais. Apesar de ter trabalhado com gosto na revista, a minha vida pessoal e profissional já não era compatível com o que fazia. As publicações, por exemplo, eram sempre dentro do meu horário de trabalho, o que não é o ideal de todo. Para além disso, foram muitas horas e dias de descanso dedicados à leitura e à crítica, à pesquisa e edição de imagens, à atualização das redes sociais, à resposta a comentários, mensagens e e-mails, por aí fora; tarefas que parecem simples, fáceis e rápidas de realizar mas que, quando somadas, são muito desgastantes e longas. A minha saúde mental estava a deteriorar-se aos poucos com a falta de descanso, até chegar ao ponto de, por ordem médica, ter de reservar um dia por semana em que nada era feito - um dia de preguiça, por assim dizer. Adoro a revista e tudo o que aprendi com ela. Contudo, por muito que goste do que faço, não quer dizer que não haja stress envolvido. Como disse naquele Live que ficou perdido no tempo, o stress está sempre presente, principalmente para alguém com uma costela de perfeccionista como eu. Como não posso controlar tudo, visto haver muitas coisas fora do meu alcance e a depender de outros, o stress nunca deixou de existir. Ajudou bastante ser algo que eu gostava de fazer e estar a aprender coisas que me interessam. Por exemplo, o uso do canva, uma ferramenta que nem sabia existir até começar a trabalhar com a Diana na revista, foi-me extremamente útil nos outros aspetos da minha vida. Por esse motivo, a revista vai para sempre ficar na minha memória como uma experiência fantástica. E estou muito feliz por ter aceite o convite da Diana e ter entrado nesta aventura. Teria sido espetacular poder continuar a revista mas, por falta de tempo e dinheiro, não há essa possibilidade. Por agora é um adeus. E digo por agora pois há sempre uma possibilidade de a Revista voltar a abrir. Ninguém sabe o dia de amanhã e eu muito menos. Por isso, só tenho a agradecer a todos os que apoiaram a revista, participando nas edições, partilhando os nossos conteúdos ou até mesmo adquirindo as edições. Sem vocês, provavelmente, não teríamos publicado durante tanto tempo e teríamos fechado a revista mais cedo. Obrigado a todos. Falando agora do conteúdo desta edição, publicamos todos os autores que nos contactaram e cumpriram os requisitos de seleção antes do nosso anúncio e é por esse motivo que temos cinco obras na coluna Letra Esquecida, quatro resenhas/críticas a livros publicados e três a histórias online, e ainda duas entrevistas na Centelha Curiosa! Começando com a Letra Esquecida, Nelson Gomez estreia com o poema “Emoções”. Regressam Vasco Mentes Luar e Osvaldo Sahopa, ambos com crónicas. Vasco Mentes Luar traz-nos três crónicas e Osvaldo Sahopa presenteia-nos com “Os olhos do meu subconsciente”. Realizei as críticas à história online de Suzanny Santos, “Can you keep a secret?”, e aos livros publicados “Jesus Cristo e a História do Cu”, de Gervânio Cabral, e “Os Papiros de Ravena”, de Waldir de Assis Junior. Temos também como entrevistado William Losasso, cujo livro li para crítica este mês. Por fim, como sempre temos a Lâmpada com os vários passatempos e Desafio de Escrita. Apesar de as edições terminarem este mês, a Revista Rabisca vai continuar a publicar ao longo do mês nas redes sociais, como tem feito até agora e, depois disso, vai manter as redes sociais e lojas abertas para todos os que desejarem reler tudo o que publicámos no passado. Todas as interações, no entanto, vão ser reduzidas ao mínimo, seja respostas a comentários, e-mails e mensagens privadas nas redes sociais. Continuaremos a responder, poderá ser com menor frequência, ou seja, demorarmos mais tempo a dar resposta. Desejo a todos muito sucesso, quer na escrita quer na crítica, e boas leituras!
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