O escritor pode julgar, o personagem pode julgar, mas no fim é tudo um pensamento... Ora vamos ver... Podemos começar com o que chamamos de ponto de vida do narrador. O João entra num bar e senta-se ao balcão. – Um Whisky, por favor! – Pede ao empregado. A Marta acaba de chegar ao bar e aproxima-se do balcão na altura em que o empregado entrega a bebida ao João. Ela olha para o João atentamente. Ele parecia descontente com qualquer coisa. – Está tudo bem consigo? Ele parece assustar-se com a pergunta dela. – Sim. O que será que se passava com aquele homem que pediu um Whisky num bar? Parecia solitário, parecia triste... Parecia as duas coisas ao mesmo tempo... Bem, aqui vemos uma visão mais afastada do narrador, um questionamento. Agora vamos para outro ponto de vista: o do João. Entro no bar e sento-me ao balcão. Peço um Whisky ao empregado que parecia mais sorridente do que eu. Acabei de me separar da minha mulher. Segundos depois, sinto alguém ao meu lado. Olha-me atentamente. Não acredito que esta mulher vai me perguntar se estou bem. Não quero responder nada. Não vim ao bar para falar, vim para desanuviar, vim para beber. Este personagem é um idiota! Deus nos livre de ter um protagonista assim, mas o escritor preferiu que fosse ele o narrador. Estamos a perceber a diferença? Enfim... agora vamos para o ponto de vista da Marta, a personagem preocupada. Entro no bar e encaminho-me para o balcão. Deseja ler o restante do texto? Aproveite o nosso cantinho prèmium rabiscado.
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