Eu não sou heterofóbico, de Duda Cartman, é uma das obras vencedoras dos Prémios Wattys 2021. Conheça esta obra nesta crítica na coluna Wattys sob Lupa! Informações:Categoria: Carta Coringa / Wild Card Sinopse: Victor Tramontini é declaradamente homofóbico. Além de apoiar os absurdos da sociedade preconceituosa em que vive, também idolatra o presidente Christian Alvarez Leal, que acabou legalizando a cura gay. No entanto, uma raiva avassaladora borbulha dentro dele quando pega seu irmão mais novo em flagrante com outro homem. Só que ao invés de vencer a briga, Victor acaba batendo a cabeça e indo parar num universo paralelo em que os gays e lésbicas comandam e a presidente Christina Alvarez Leal acaba de legalizar a cura hétero. Será que Victor conseguirá viver num mundo em que ele é o oprimido? Wattys Sob Lupa: Resenha de Michele Bran (Fábrica de Histórias) Oi, pessoal. Espero que todos estejam bem e escrevendo bastante. Aqui é a Michele Bran de novo e estamos de volta com mais uma resenha de outra vencedora do Wattys 2021, a obra “Não Sou Heterofóbico”, da Duda Cartman, uma história que eu sempre via divulgada em um dos grupos do Wattpad que faço parte, mas nunca tinha parado pra ler até então. Trata-se da história de Victor Tramontini, um cara nascido e criado em uma família muito preconceituosa que segue a mesma linha de pensamento e ainda apoia o presidente de seu país que acabou de legalizar a cura gay. Ele e a namorada terminaram por suas opiniões no mínimo questionáveis não apenas sobre os homossexuais, mas também sobre mulheres, mas até que ele gosta dela mesmo e não lida muito bem com esse fato, apesar de não ser do tipo violento ou babaca que a gente poderia pensar a princípio, dado o histórico de opiniões passadas dele. Acontece que a família Tramontini tem uma ovelha arco-íris, se é que podemos dizer assim: o Felipe, que é gay assumido e discorda veementemente das opiniões da família. Como já era de se esperar, ele é denunciado pelo próprio Victor, que é primo dele, para o serviço de “correção”. Porém o Felipe não é o único membro da família com um pé (ou os dois) no vale, já que o Erick, irmão mais novo do Victor, também é gay. Acontece que todas essas descobertas deixam o Victor meio surtado, para dizer o mínimo, e ele acaba partindo pra briga com o próprio irmão, mas acaba batendo a cabeça e acordando em um mundo onde tudo está invertido: a homossexualidade é a norma e heterossexuais é que são perseguidos. Na nova realidade, ele e a namorada se relacionavam escondido, mas ela termina por não querer mais guardar segredos, ainda por cima um desse porte. A maior surpresa foi descobrir que ele era casado com outro cara, Daniel, e tinha dois filhos; já que a autora resolveu criar um universo ABO (um estilo de história que obviamente não funciona como o nosso mundo real e mesmo pessoas do mesmo sexo biológico podem se reproduzir; falando bem por alto). Então, ele literalmente acorda em um mundo onde tudo está “ao contrário” para ele do que acontece em seu mundo “normal”. Aqui, o político que ele apoia, na verdade é uma mulher, e se chama Christina, que legalizou a cura hétero (embora tenha um relacionamento no sigilo com um homem), e a religião também é adaptada para essa nova realidade. Ainda existem papeis de gênero, mas isso também está invertido, com os esportes indo para as meninas e as artes para os meninos. Ao longo da história, vamos acompanhando o desenvolvimento da trajetória do Victor nesse mundo novo com essa dinâmica diferente de sua vida comum e vendo como ele vai se saindo, mas para descobrir como termina, obviamente, vocês vão ter que ler porque eu que não vou dar spoiler. Particularmente, não sou de ler histórias ABO, com gravidez masculina e afins, mas achei muito interessante a forma como a autora inverte os padrões na história e insere esse universo tão diferente para o público. Mesmo quem é totalmente leiga no assunto como eu, consegue entender, então calculo que, se você curte histórias desse gênero, vai gostar mais ainda, então fica aqui a recomendação. E por hoje é só, espero que vocês tenham gostado, e fiquem por aí para gente se encontrar outra vez. Tchau! Biografia da resenhista: Amante de fantasia e suspense, escrevo desde os 14 anos (ou pelo menos tento). Nasci em 93, então para saber minha idade sem que eu precise ficar atualizando a bio todo ano (morro de preguiça), só fazer as contas. Pernambucana, com 28 anos, cursei Pedagogia e Técnico em Enfermagem, mas passei 70% das aulas sonhando acordada com a escrita (e os outros 30%, escrevendo escondido), o que provavelmente se repetirá na atual graduação em Letras. Há quem diga que escrevo apenas para poder matar os desafetos ficcionalmente, mas não confirmo nem nego essa afirmação esconde a faca e fui eleita em 2019 a Melhor Escritora da Galáxia (segundo a minha mãe) (mentira, ela nem sabe que eu escrevo).
Link para leitura: Aqui. Ouça a versão áudio: Aqui. Conheça os restantes vencedores: Aqui.
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