Conheça o escritor que escreveu o poema "A alma grita e eu escrevo" para a sétima edição da Revista Rabisca. SAP fala sobre os seus processos criativos e influências. Antes de começarmos com a literatura, conte-nos sobre si. Quem é SAP? O que faz e de onde vem? Primeiro agradecer pela oportunidade. Desde já dizer que SAP é o pseudónimo de Sebastião António Pedro, acerca de mim dispenso muitas apresentações, mas referir que sou uma pessoa simples, carismática, muita das vezes autêntico. Além de ser estudante, sou escritor iniciante, motivador. Sou angolano, venho do município de Moçâmedes, província do Namibe (Terra da Felicidade). Conte-nos como começou a sua viagem neste mundo das letras. Quando surgiu o gosto pela escrita? Uma pergunta pertinente. É uma história longa, mas vou tentar resumi-la e clarificá-la. O gosto pela escrita desenvolveu-se quando eu tinha 10/11 anos. Eu escrevia apenas por escrever sem quaisquer objetivos, escrevia poesias, poemas, frases de amor. De lá pra cá eu apenas escrevia para mim, sem qualquer fim ou objetivo, era apenas como uma forma de me expressar e representar, então eu fiquei desde 2014 até 2017, sem escrever, pareceu que a criatividade se perdeu, mas não, até que em 2018, volto a me reencontrar, escrevendo frases, algumas histórias. Mas desde 2020 até aqui, notei uma evolução quer seja de conteúdos como dá maneira de escrever e, até aqui isso não morreu. Hoje eu escrevo poesias, poemas, histórias, textos motivacionais e outros. Também escrevo dedicatória de todo tipo. Como definiria a sua escrita? Fale-nos um pouco sobre a essência do que escreve. A minha escrita é interativa-analítica. Na verdade, a essência do que escrevo varia em função do conteúdo que eu queira transmitir, mas ainda assim ela baseia-se, na vida, trazendo de forma mais real e interativa o que acontece no cotidiano, sendo que muitas das vezes é motivacional e consciente. Quais as suas maiores inspirações que ajudaram a moldar a sua escrita? Fale-nos dos artistas, obras e/ou géneros que estimulem mais a sua criatividade.
Inspirações são várias, muitos ajudaram o percurso da minha escrita. No que concerne a moldagem e estimulo tenho como inspirações o escritor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos (Pepetela), O escritor e psiquiatra brasileiro Augusto Jorge Cury e o pastor Deive Leonardo Martins. Obras que ajudaram o meu percurso são: Geração da Utopia e Yaka (Pepetela); Você é Insubstituível e Em busca do sentido da vida (Augusto Cury). Conte-nos sobre outros poemas e/ou obras que tenha escrito até hoje. Como estão escritos, os géneros, o que levou à sua escrita. Os detalhes básicos, neste caso. Tenho ideias de novos projetos, na verdade já comecei a escrever dois livros. Seus géneros variam, sendo histórias e poemas. Estão a ser escritos a um rítimo aceitável, embora algumas vezes tinha parado. Prefiro não revelar aqui detalhes, mas relaçar que levará a reflexão de muitos, trazendo a realidade de suas vivências, quer seja passado e presente. Tenciona alguma vez publicar um livro? Se sim, como imaginaria que seria o livro em traços gerais? Se não, há algum motivo específico que possa indicar? O que pretende da sua aventura pela escrita? Tenciono sim em escrever um livro. De forma geral o livro ou os livros teriam um carácter motivacional, mais analítico, que leva o leitor a uma profunda reflexão, não fugindo um pouco do cotidiano de cada um. Uma última mensagem que queira partilhar connosco? Em algum momento corri atrás de conforto, atrás de atenção, carinho e tantas outras coisas que eu não encontrava em mim mesmo. Precisei ter alguém por perto para sorrir, também precisei de alguém ao meu lado para entender o meu valor. Tive crise de ansiedade, vivi dependendo do ser e agir das pessoas. Para mim apenas o que outros diziam importava, nunca dei uma oportunidade a mim mesmo, sentia que estava me afogando, mas não tinha o que fazer, nunca fui de ter muita gente por perto, as que eu tive sempre soube valorizar. Perdi a confiança em muitas pessoas e perde a mesma confiaça de outras pessoas, nunca julguei isso, talvez, porque eu não ligava, sempre entendi que a vida é um instante e que todos os ganhos e perdas são necessários para que possamos viver de forma sábia e saber enfrentar certos desafios. Aprendi muito com o que passei e vi outros vivenciando, não sou de cometer o mesmo erro duas vezes, mas sei que a qualquer momento estou sujeito a errar e, que quem estiver ao meu lado precisa entender que simplemente não sou perfeito. Ganhei inumeras lutas, superei muitas perdas que outroura eram impossíveis aos meus olhos, fui paciente, tive esperança. Hoje constitui meu próprio mundo e tenho ao meu lado pessoas incrivéis, tenho aprendido muito com elas e já consigo me confortar e automotivar sem precisar ter alguém ao meu lado, sobre minhas perdas, eu entendo que elas foram e são necessárias para que eu cresça e aprenda a viver a cada dia com o maior entusiasmo e alegria. Dizem que é raro me ver triste, para mim não é isso, mas é a maneira como eu não permito que as dificuldades e os problemas tomem conta de mim. Percebo que antes de qualquer independência, a independência mental é a mais crucial para que se possam marcar outros passos rumo à independência da vida. Deseja conhecer o restante da entrevista? Aproveite o nosso cantinho prèmium rabiscado. Leia o poema "A alma grita e eu escrevo" publicado na 7ª edição da Revista Rabisca: Aqui.
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