Conheça a autora da obra "Resto de Vida", que teve crítica na quarta edição da Revista Rabisca. Eliza Edgar fala sobre o seu processo criativo, a origem do seu pseudónimo e ainda sobre a sua obra. Antes de começarmos com a literatura, conte-nos sobre si. Quem é Eliza Edgar? Pelo que percebi, trata-se de um pseudónimo. Fale-nos da sua origem. - O pseudônimo passou a existir graças ao romance “Resto de Vida”. Escrevi-o descarregando conteúdos autobiográficos e histórias da minha família. Ainda que tudo isso esteja dissolvido no livro em forma de ficção, senti-me exposta demais, por isso criei o pseudônimo, que, a propósito, é a junção dos nomes dos meus filhos. Conte-nos como começou a sua viagem neste mundo das letras. Quando surgiu o gosto pela escrita? - Sei que é um clichê, mas começou muito cedo. Pequena, fui familiarizada com a leitura, comecei com quadrinhos da Disney e Turma da Mônica, não demorei para querer produzir os próprios quadrinhos; fazia na brincadeira, em casa e na escola. Depois vieram os livros da série Vagalume. O Cinema também foi um grande responsável pela minha formação, pois muitos filmes existem graças a romances, não? rs. Quando amava um filme, corria à biblioteca atrás do livro. Essa paixão pela leitura chegou até minha mãe, que me presenteou com um livro chamado “Heaven”, de V. C. Andrews. Era uma história de uma família muito pobre que vivia nas montanhas de uma região dos Estados Unidos; devido à situação de pobreza, o pai decide vender cada um dos cinco filhos. Após ler a história, apaixonei-me, consumi os demais trabalhos da autora. Coloquei na cabeça que, caso um dia escrevesse um livro, seria naquele estilo. Sobre a sua primeira história ou livro publicado: como foi a experiência e o que levou à sua escrita? - O primeiro oficialmente publicado foi “Resto de Vida”. O conto “A prima”, apesar de ter sido escrito primeiro, foi publicado depois. A publicação de “Resto de Vida” aconteceu graças ao incentivo de meus leitores beta (que, na época, eu nem sabia que se chamavam assim as pessoas que liam a história pra saber se estava boa, rs); eles leram e incentivaram-me a publicar. O que me levou a escrever foi a necessidade de passar para o papel o que perturbava minha cabeça. Conte-nos sobre o título, porquê Resto de Vida? O que o levou a escolher esse título e que outros é que descartou ao fazê-lo?
- O título nasceu quando a obra estava próxima de ser concluída. Ele sintetiza a desolação dos personagens por terem perdido partes essenciais da vida pelos abusos e abandonos, materiais e afetivos, por parte dos pais; uma única raiz resultando em desfechos diversos, porém com similaridades. Quem a inspira? Tem autores preferidos ou outros “ídolos” que inspirem a sua escrita? Tem obras de outros ou géneros específicos que estimulem a sua criatividade? - Todo bom livro me inspira, assim como bons filmes. Não tenho nomes de rostos, tenho nomes de obras; mas são nomes que transitam, não se fixam no meu coração a ponto de serem insubstituíveis. No fim, tudo me inspira um pouco. Romances são minha paixão, especialmente os focados no comportamento humano e familiar: o berço das nossas neuroses. Leia a crítica à obra "Resto de Vida" na coluna Páginas no Escuro na 4ª edição da Revista Rabisca: Aqui. Deseja conhecer o restante da entrevista? Aproveite o nosso cantinho prémium rabiscado.
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