Conheça o autor do poema "Uma Lua Pintada Pelas Baratas" divulgado na coluna Letra Esquecida na terceira edição. Ele fala sobre o processo criativo da obra "Interpretação", lançada em 2017 pela Chiado Books e ainda sobre inspirações, entre elas o heterónimo Álvaro de Campos de Fernando Pessoa. Antes de mais, quem é o Nuno Valadas Cardoso? - Nuno Valadas Cardoso funciona como o meu meio principal (por enquanto) de expor o meu trabalho, engraçado que eu não queria ter Valadas, mas sim, Martiniano porém fui aconselhado a não usar por ser um nome desconhecido e estranho, apesar de ser o meu nome do meio. Agora se for Nuno Valadas Cardoso como pessoa, acho que sou uma pessoa simples, às vezes consigo ser um bocado constrangedor porque tenho o sentido de humor de um adolescente, mas fora isso sou normal. Acho. Como foi o processo criativo da obra “Interpretação”, lançada pela editora Chiado Books em 2017? - O processo criativo por detrás dessa obra em específico foi de observar as pessoas a viver as suas vidas, especificamente sentado nos bancos em frente ao centro de saúde à espera da minha mãe que me viesse buscar para ir para casa ou à porta do Lidl, às vezes era durante os intervalos das aulas, outras era durante as aulas. No fundo foi interpretar mundo à minha volta daí ter escolhido o nome interpretação, tem alguns poemas pessoais em que falo de mim e da minha vida, no fundo acaba por encaixar no tema porque acabei por interpretar os meus sentimentos também. Enviou para a Revista Rabisca um poema sobre o luar e as baratas. É um poema que pode causar algum desconforto para alguns leitores que têm uma aversão ao inseto. Considera-se um poeta que gosta de assustar com as palavras, que gosta de despertar outras reações que não o alívio, ou o prazer durante a leitura de uma poesia?
- Não. Eu de momento estou focado em ser honesto e sincero, ser eu. Eu vivo num prédio com problema de baratas e elas são uma presença constante na minha vida, não vejo o porquê de parar de escrever sobre seja o que for com medo de ofender seja quem for, se alguém não gostar pode simplesmente optar por não ler ou de virar a página, não tenho como objetivo ter um valor de choque no que escrevo, até porque (na minha opinião) esse poema é tudo menos chocante, aliás, acho que tem o seu charme. Que escritores ou obras utiliza como guias? Como inspirações? - Isso é uma pergunta boa e digo desde já que é batota perguntar as minhas inspirações, haha. Mas agora a sério, as minhas maiores inspirações são: Charles Bukowski e Álvaro de Campos. As minhas obras favoritas de Charles são: The last night of earth's poems, You get so alone sometimes it just makes sense, e Ham on Rye. E de Álvaro de Campos só li um livro de coleção de poemas do heterónimo. Leia o poema "Uma Lua Pintada Pelas Baratas" na coluna Letra Esquecida na 3ª edição da Revista Rabisca: Aqui. Deseja conhecer o restante da entrevista? Aproveite o nosso cantinho prémium rabiscado.
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Num mundo colorido, Não vivemos nós, Metade deambula perdido, Numa vida dura e atroz. Quero voltar a ser criança, Num mundo denso de cores, Sentir certa segurança, Não vivenciar tremores. Voltar a ser pequeno, Rodeado de brinquedos, Não saber o que é veneno, Não conhecer os próprios medos. Desconhecer letras de cantigas, Não compreender vocabulário, Não saber histórias antigas, Nunca ler um dicionário. Viver nesse mundo pintado, Com as cores mais garridas, Não viver desorientado, Sempre cobrindo novas feridas. Deseja ler o restante do poema? Aproveite o nosso cantinho premium rabiscado.
Nesta publicação, teremos as soluções dos vários passatempos da 3ª edição da Revista Rabisca. Caso queira ver, clique em Ler Mais.
O mar estava ainda Azul escuro, meio Se clareando sutilmente. Pasma, contemplei-o, boquiaberta. Devagar... em um crescente Foi se vestindo de laranja, De ouro, e as ondas espumantes Branqueavam de leve a cena. Meu peito doeu... tanta grandeza Não cabe em mim, poeta entorpecida Pela desnudez do amanhecer. Deseja ler o restante do poema? Aproveite o nosso cantinho premium rabiscado.
Conheça o conteúdo desta quarta edição da Revista Rabisca pela idealizadoras.Por Elisa Rodrigues... A quarta edição chegou e não podia ser mais poética. Este mês os nossos convidados estão todos ligados à poesia. Na coluna Letra Esquecida, temos três grandes poetisas.Ana Fabíola traz-nos Travertino, um divertido e romântico poema, enquanto que Christina Magella nos delicia com Transcendência, falando-nos do mar ao amanhecer. O terceiro poema é de Joana Santos Silva sobre a inocência da infância, o sentimento de descoberta e a felicidade obtida das mais pequenas coisas, sem preocupações: Ser Pequeno. Em relação às críticas, tenho para anunciar a história online Ghost Of You de Fernanda Neves, na coluna Escrita Perdida, e Resto de Vida de Eliza Edgar, na coluna Páginas no Escuro. Ambas excelentes artesãs das palavras, tanto Fernanda Neves como Eliza Edgar constroem uma narrativa verossímil que nos envolve de forma única e prende de formas completamente distintas. Puxam os cordões dos nossos corações sem dó nem piedade, mostrando-nos e não apenas contando a dor e as tribulações dos seus personagens em obras dramáticas de cortar a respiração. Já para o Panorama de Apreciação queria mencionar a Exposição que está a acontecer no Taguspark, Gente de Palavras. Quem tiver oportunidade de visitar e gosta ou quer conhecer a poesia sob um meio diferente de apresentação, esta exposição é excelente para a expansão de horizontes literários e alimentar a inspiração artística. No fim, como sempre, têm Lâmpada com os vários passatempos para exercitar a massa cinzenta e o Desafio de Escrita para treinarem a vossa escrita, seja prosa seja poesia. Para quem ainda não teve oportunidade de participar, a escrita e a língua portuguesa são subjetivas, mais do que às vezes pensamos, pelo que não precisam de seguir à letra o enunciado do desafio. Com a limitação de palavras, os diferentes estilos de escrita irão produzir diferentes resultados e até mesmo interpretativos do enunciado. Por exemplo, alguém que tenha um estilo mais descritivo poderá achar o desafio da 1ª edição da Revista mais fácil e o da 3ª edição mais difícil, pois o último requeria a descrição de uma interação com poucas palavras. O importante é treinarem a vossa escrita e, sobretudo, divertirem-se. Aproveitem o mês de Agosto para relaxar, sempre protegidos do sol e do calor, não vá uma insolação bater à porta. E, claro, com um café gelado na mão, que aqui em Portugal está calor demais para beber um normal! Por Diana Pinto... Neste mês de Agosto, os prémios literários estão em alta. A Amazon prepara um evento dedicado aos escritores: O Prémio Kindle de Literatura. Na edição anterior, a Rabisca revelou a obra vencedora da última edição do prémio: “O Pássaro Secreto”, de Marília Arnaud.
Em Portugal, o verão chegou e há espaços abertos para os leitores lerem. Conheça a livraria Bookslive em Oeiras e descubra as bibliotecas Estival e a do Parque inauguradas pela Câmara Municipal da Moita. No estrangeiro, conheça os nomeados para o Prémio Booker 2021. O prémio distingue o melhor livro de ficção publicado em inglês no Reino Unido. Continuamos em época de pandemia, mas não precisamos de estar depressivos. A Rabisca traz as novas formas de divulgação que cresceram com a quarentena. Sabe o que é um Booktok? Ou um Bookstagram? Ou um Booktube? Leia o panorama de apreciação para descobrir! A entrevista desta edição foi feita a Nuno Valadas Cardoso, o poeta de vinte e seis anos, que escreveu “Uma Lua Pintada Pelas Baratas” para a terceira edição. Aqui pode conhecer o autor e a sua obra lançada pela Chiado Books. Quanto às críticas, li o livro “Laurita”, da autora independente Cecília Lorca. Aqui relembramos a Primeira Guerra Mundial e conhecemos uma enfermeira que lutou, chorou e sorriu durante esta época. Quanto à história online, trago algo mais “suave”, uma leitura mais simples. “Inspiration”, de Tatii, fala sobre os problemas dos jovens, as dificuldades pelas quais eles atravessam. Fala sobre sonhos, amores, amizades e decisões. A quarta edição tem uma variedade de temas. Traz música, História, prémio literários, locais de lazer e obras de referência. Passe o seu verão, ou inverno, se tiver no Brasil, na companhia da Rabisca. Relaxe sentado no seu sofá. |
Seja bem-vindo(a)!
Aqui poderá encontrar excertos das diversas colunas da revista: Letra Esquecida, Centelha Curiosa, Escrita Perdida e Páginas no Escuro. Saiba mais aqui. Conheça novos rabiscos e novos autores! Todos os convidados da Revista Rabisca que tenham participado nas colunas Letra Esquecida e Centelha Curiosa têm direito a um "Crachá de Participação" se assim o desejarem. Comunique connosco caso queira recolher o seu.
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